terça-feira, 5 de agosto de 2008

!REVOLUÇÃO!

Dizem as línguas ferinas que há um nova e moderna Metodologia de Ensino Jurídico em prática nos cursos de direito do país. Afiançam os maldosos que
(1) a freqüencia do futuro bacharel às aulas é facultativa;
(2) a realização de provas pelos crástinos bacharéis é igualmente opcional, mas a quem tiver o desprendimento de as fazer não se lhe pode atribuir nota menor que a mínima;
(3) no final da estafante jornada, conduzida sob a mais ampla liberdade pedagógica, e eis aqui o ponto mais revolucionário da proposta, reúnem-se os formandos numa sala e, todos a postos, atiram-se para cima os diplomas, gritando-se "barata voa?" Quem responder "avoa" e segurar o seu canudo no ar se torna, com louvor, um nóvel bacharel!
O próximo passo, asseguram os maledicentes, é esbravejar mais ainda contra esse tal de Exame de Ordem, instrumento autoritário que comete o absurdo de desconfiar da alta qualidade de uma formação, digamos, superior...
Será verdade?
(Alô, cartunistas: eu sei que uma imagem vale mais que mil palavras...)

3 comentários:

EMERSON ARAÚJO disse...

Meu caro Airton Sampaio, a educação brasileira de resultados ao nada é uma grande merda mesmo. Os cursos superiores do meu país tornaram-se lugar nenhum. E esta Ordem dos Advogados, ein? Instituição corporativista, fábrica de anuidades e de pretensos advogados que não conseguem escrever meia linha de nada. Vamos implodir isso tudo: Curso Superior do Nada e OAB de coisa nenhuma. Um abraço bem forte. estamos vivos, meu irmão, ainda bem.

M. de Moura Filho disse...

Ainda bem, se for verdade o que o amigo articula, porque, posto no mercado bacharéis desse porte, advogados medianos, como eu, teremos sempre espaços.
Ainda bem que tem o exame da OAB. Do contrário, nós, advogados medianos, estaríamos inseridos entre os analfabetos.
E nem poderíamos atribuir a quem redige, enquanto ditamos, erros tão grosseiros.

Vitoria Mota disse...

"barata voa?" "avoa".... é de lascar!!! Onde fomos chegar? o pior é saber que isso reflete a real situação do ensino jurídico nesse país. E quando se fala em repensar a quantas andam esse ensino, o que se ouve, via de regra, é que isso não é privilégio do curso de direito, mas que todos os demais cursos das diversas áreas do saber também se encontram nessa situação de caos. Que argumento, heim!!!